16 de mai. de 2013

Amor e a desumanidade do casamento homossexual (1)

por Jonathan LeemanPostado por Luis Felipe Heringer em 16 de maio de 2013 em Textos, Traduções
Jonathan Leeman
Jonathan Leeman
Mais e mais comentaristas dizem que já passamos do ponto crítico em relação ao casamento homossexual nos Estados Unidos. Quase que diariamente um político ou uma celebridade encara um microfone e declaram seu apoio à causa. Parece que o paradigma mudou, que os valores estão invertidos.
Se o casamento homossexual é politicamente uma realidade indiscutível, eu não sei. O que me preocupa, atualmente, é a tentação entre os cristãos de seguirem a corrente. A premissa é de que a nação não compartilha mais de nossa mesma moralidade e nós não podemos impor nossa visão aos outros ou ultrapassar a linha que divide Estado e Igreja. Além do mais, nós não queremos que nenhuma política impertinente entre no nosso caminho de pregar o evangelho, certo? Então nós também devemos simplesmente engolir essa realidade. E dessa maneira, o pensamento continua.
O quanto os verdadeiros cristãos devem ativamente combater a ideia do casamento homossexual é uma questão de sabedoria. Mas com certeza nós não devemos apoiar isso, e eu adoraria convencê-lo, é uma questão de princípios bíblicos. Votar a favor disso, legislar em favor disso, governar em favor disso, dizer aos seus amigos que você acha isso aceitável – tudo isso é pecado. Apoiá-lo publica ou privadamente é “dar sua aprovação àqueles praticam” as coisas que Deus prometeu julgar – exatamente aquilo que nos é dito para não fazer em Romanos 1.32.
Além disso, o casamento homossexual estabelece uma definição de humanidade que é menos humana e uma definição de amor que é menor que amor. E não é a liberdade da religião o que os defensores do casamento homossexual querem, eles desejam a repressão de uma religião em favor da outra.
Cristãos, de forma alguma, devem seguir a corrente. Eles precisam amar aqueles que defendem o casamento homossexual mais do que amam a si mesmos precisamente recusando-se a endossar essa prática.
Eu estou dizendo isso para o bem de vocês que são crentes, que afirmam a autoridade das Escrituras, que acreditam que a prática homossexual é errada e que acreditam no julgamento final. Não pretendo aqui convencer ninguém que não compartilhe dessas convicções.
Meu objetivo nisso tudo é encorajar a igreja a ser igreja. Para que serve o sal se não tiver sabor? Ou para que serve a candeia se estiver escondida debaixo de uma vasilha?  Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus.

Entendimento mais profundo de humanidade

Acredito que Voddie Baucham está extremamente correto ao dizer que “homossexual não é o novo negro”, e que não devemos formalmente equiparar orientação sexual com etnia ou sexo como componente essencial da identidade pessoal. É surpreendente para mim que batalhas legais recentes simplesmente presumem isso sem antes analisar de forma clara.
Há diversas premissas por trás da ideia de que uma pessoa com atrações homossexuais pode dizer “Eu sou homossexual” da mesma forma que alguém pode dizer “Eu sou homem” ou “Eu sou negro”. Primeiro, assume-se que desejos homossexuais estão enraizados na biologia e, portanto, é parte natural do indivíduo. Segundo, assume-se que nossos desejos naturais são basicamente bons, até o ponto em que não machucam os outros. Terceiro, assume-se que saciar esse desejo bom e natural é parte de ser um ser humano completo.
Toda essa discussão sobre “igualdade” depende dessas premissas básicas acerca do que significa ser um humano.
Casamento, então, torna-se um importante prêmio a ser conquistado pelas pessoas com atrações homossexuais porque, sendo uma das mais antigas e mais humanas instituições, casar-se publicamente legitima esses desejos profundos. Todo mundo que participa de um casamento – desde o pai que caminha com a noiva pelo centro do salão, os amigos presentes, o pastor liderando a cerimônia, o estado que certifica a união – participa em uma afirmação positiva e formal da união do casal. É difícil pensar numa maneira melhor de afirmar o desejo homossexual como bom e parte integrante de ser um humano completo do que o poder da celebração de uma cerimônia de casamento.
Não se engane: a questão fundamental em jogo no debate sobre o casamento homossexual não são os direitos de visitação, direitos de adoção, direitos de herança ou toda discussão sobre “união estável” ou “união civil”. Todas essas são questões derivadas. A questão é fundamentalmente sobre serem publicamente e completamente reconhecidos como humanos.
Cristãos com uma mentalidade bíblica, claro, não tem problema em reconhecer pessoas com atrações homossexuais como completamente humanos. Há membros na minha igreja que experimentam atrações homossexuais. Nós adoramos com eles, nós passamos férias com eles, nós os amamos. Todavia, o que o cristianismo não faz é ratificar que satisfazer todos os desejos naturais é o que torna um ser humano completo.
O cristianismo, na verdade, oferece um conceito mais maduro e profundo de humanidade, mais maduro e profundo que a própria pessoa envolvida em um estilo de vida homossexual tem dela mesma.
É mais maduro porque o cristianismo começa com a franca afirmação de que seres humanos pós-queda são completamente corruptos, em todas as áreas da vida. Uma criança afirma que todos os seus desejos são legítimos. Adultos, espero, se conhecem melhor. E um entendimento maduro da natureza caída reconhece que nossa queda afeta completamente tudo, de nossa biologia e fisiologia até nossas ambições e desejos. Atração homossexual é apenas mais uma manifestação dessa realidade. Por isso que Cristo nos ordena a ir e morrer, e porque nós devemos nascer de novo. Devemos ser novas criaturas, um processo que começa na conversão e se completa com a volta de Cristo.
Além do mais, o fato de Jesus ser o Senhor significa que sua autoridade sobre nossas vidas é completa, em todas as facetas de nossa existência. Não temos o direito de estar perante ele e insistir em nossos conceitos de masculinidade, feminilidade, amor, casamento e sexualidade. Ele que define os conceitos, até mesmo quando esses vão contra nossos desejos ou ideias mais profundos de si mesmo.
Enraizado na biologia ou não, existe uma diferença significativa entre gênero, etnia e “orientação”. Orientação consiste primariamente de – é vivida através de – desejo. E o fato de que isso envolve desejo significa que é um objeto de avaliação moral de uma forma que “ser homem” ou “ser asiático” não são.
Aqui está o que frequentemente é esquecido: nem o fato do desejo, nem a possibilidade de base biológica, conferem legitimidade moral. Não confunda “é” com “deve”. Entendemos isso bem quando tratamos, por exemplo, de comportamentos associados a vícios em substâncias ou uma desordem bipolar.  O componente biológico dessas doenças certamente clama por compaixão e paciência, mas não torna os comportamentos praticados moralmente legítimos. Assumir que eles são moralmente legítimos significa tratar seres humanos como se eles fossem animais. Ninguém condena moralmente um leopardo por ele agir instintivamente. No entanto, nossos padrões morais para os seres humanos não deveriam envolver algo além do que concordar com a bioquímica do desejo? Somos mais que animais. Somos alma e corpo. Somos criados à imagem de Deus. Legitimar o desejo homossexual simplesmente porque é natural ou biológico, ironicamente, é tratar a pessoa como menos que humana.
Tudo isso para dizer que: o Cristianismo não apenas oferece um conceito mais maduro de humanidade, como também oferece um conceito mais profundo. Ele diz que somos mais do que um composto de nossos desejos, entre os quais alguns são frutos da queda, outros não.
Notavelmente, Jesus diz que nossa humanidade é mais profunda do que sexo e casamento, e certamente mais profunda do que as versões caídas dos mesmos. Ele diz que, na ressurreição, não haverá casamento ou ser dar em casamento. Casamento e sexo, ao que parece, são sombras bidimensionais que apontam para realidades tridimensionais que estão por vir. A humanidade e identidade de alguém não dependem finalmente, de forma alguma, da sombra do casamento. Ousaremos negar a humanidade total de Cristo porque ele não se casou ou teve descendentes? De fato, a humanidade desse segundo Adão não foi plenamente demonstrada pela geração de uma nova humanidade?
Há algo desumano sobre a versão do ser humano oferecida pelo pensamento homossexual. É desumano avaliar moralmente pessoas como se fossem animais, como se seus instintos as definissem.
E há algo de desumano na versão do casamento dada pelo pensamento homossexual. É desumano chamar aquilo que é bom de mau, ou desejos errados de corretos. É desumano equiparar a pessoa com a versão caída dessa pessoa, como se Deus tivesse nos criado para sermos essas versões caídas de nós mesmos. Porém, é exatamente isso que o casamento homossexual nos chama a fazer. Ele nos chama a publicamente afirmar que o mal é bem – a institucionalizar o errado como correto.
O Cristianismo diz que nós não somos integralmente definidos por etnia, sexo, casamento, ou até mesmo por desejos pecaminosos. Somos imagem e embaixadores de Deus, chamados para mostrar ao cosmos como a trina justiça de Deus, Sua santidade e Seu amor são. A mensagem cristã a uma pessoa que tem um estilo de vida homossexual é que cremos que ela é mais humana do que ela mesma acredita.
Traduzido por Luis Felipe Heringer | iPródigo.com | Original aqui
Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.
Via: [iPródigo]

14 de mai. de 2013

Duas Razões Pelas Quais o Amor nos Protege do Engano – John Piper


Em meu sermão no último domingo, eu argumentei a partir de 2 João 1:5-7 tal amor entre cristãos é uma grande proteção contra o engano. João escreveu: “Amemos uns aos outros, [...] porque muitos enganadores têm saído pelo mundo fora”. Então entendo que o amor ajuda a nos proteger de tais enganadores.
Eu disse que vi quatro razões em 2 João pelas quais o amor funciona de tal maneira. Mas apenas tive tempo de descrever duas delas no sermão. Então aqui estão as outras duas.

1 – O amor leva a sério todos os mandamentos de Deus.

Versículo 6: “E o amor é este: que andemos segundo os seus mandamentos”. João tinha dito o seguinte em 1 João 5:2: “Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus: quando amamos a Deus e praticamos os seus mandamentos”.
Isso não significa que o amor não tem afeição pelas pessoas. Mas significa sim que o amor tem clara direção de Deus. João concorda com Paulo que nós devemos amar uns aos outros com amor fraternal (Romanos 12:10). Mas o amor cristão é mais do que afeição. É uma afeição por pessoas que compartilham um comprometimento com todos os mandamentos de Deus que se aplicam a nós hoje.
A afeição cristã é cristã e afeição. Tem conteúdo cristão; e tem emoção. O que nos liga a outros crentes é que compartilhamos uma lealdade sincera e profunda a o que Deus diz que é bom para as pessoas – seus mandamentos. Nós não inventamos as maneiras de amar. Nós as aprendemos de Deus.
Uma comunidade de pessoas que amam umas as outras assim não será facilmente enganada. Por exemplo, quando sua cultura lhes diz que o caminho do amor é abraçar o chamado casamento gay, tal comunidade dirá: “Não, Deus sabe o que é bom para as pessoas. Nós amaremos as pessoas como ele ama”.  E o amor uns pelos outros aprofunda e adoça sua lealdade de permanecerem juntos em “todos os mandamentos” de Deus. Isso os protege do engano.

2 – O amor cristão é baseado na Verdade que está conosco para sempre.

João diz: “Eu [vos] amo na verdade, [...] por causa da verdade que permanece em nós e conosco estará para sempre” (2 João 1:1-2). Nosso amor uns pelos outros é fundamentado em duas coisas: 1) a verdade habita em você e em mim; e 2) a verdade estará contigo e comigo para sempre.
Isso é incomum. Entendo que isso significa que a verdade cristã é sempre mais do que convicções que guardamos em nossas mentes e corações; a verdade é também o próprio Cristo – Verdade com V maiúsculo – que não é uma convicção em nossas mentes, mas uma pessoa real conosco para sempre na comunidade do amor. “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida” (João 14:6).
Isso implica, portanto, que meu amor por outros crentes está enraizado não apenas em nossa verdade compartilhada sobre Jesus, mas também na presença do próprio Jesus como a pessoa central em tal comunhão. E como tal, o que nos une em amor é a afeição mais profunda possível por nosso supremo Tesouro, Jesus Cristo.
Então quando o engano nos tentar a ver qualquer pessoa, ou qualquer atividade, ou qualquer tesouro como mais desejável que Jesus, o próprio amor que temos uns pelos outros nos protegerá de tal engano, porque tal amor é uma afeição compartilhada por aquele que é mais desejável do que qualquer coisa que o engano possa oferecer.
Por John Piper © 2013 Desiring God Foundation. Usado com permissão. Website em português: www.satisfacaoemdeus.org. Original: Two Reasons Why Love Protects Us from Deception
Tradução: Alan Cristie. © 2013 Ministério Fiel. Website: www.MinisterioFiel.com.brwww.VoltemosAoEvangelho.com. Original: Duas Razões Pelas Quais o Amor nos Protege do Engano – John Piper
Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor, seu ministério e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.

Via: [Voltemos ao Evangelho]

Falta de oração é egoísmo

por Tim ChalliesPostado por Josaías Jr em 14 de maio de 2013 em Textos, Traduções
Tim Challies
Tim Challies
Eu já disse muitas vezes que a oração sempre foi uma batalha para mim. Não é que eu não ore – eu oro! – mas considero uma batalha colocar minha teologia em ação no dia a dia e viver minhas convicções mais profundas sobre oração ao realmente orar. Experimento pouco da alegria e do sentimento de realização de que muitos dos grandes “oradores” falam. Com bastante frequência, preciso contar mais com os fatos objetivos sobre oração em que creio do que com algum sentimento subjetivo de satisfação.
Semana passada, recebi um golpe ao ler o livro It Happens After Prayer [Acontece Depois da Oração], de H.B. Charles Jr. Se puder ler um livro inteiro e apegar-me a uma grande aplicação ou um grande desafio, eu o considero um livro que foi digno do tempo que investi nele. Há muitas conclusões úteis no livro de Charles, mas a que espero que permaneça comigo é esta: “As coisas pelas quais você ora são aquelas que você confia em Deus para tratar. As coisas que você negligencia na oração são aquelas que você confia que pode tratar por conta própria”. Em um sentido, é uma percepção óbvia, mas, as melhores percepções normalmente são assim. Eu deveria saber disso e, na verdade, acho que sabia. Mas eu precisava dela claramente explicitada nesse momento da minha vida.
Semana passada, enquanto orava, e enquanto me ocupava com a preparação de um sermão, fui atingido por um pensamento relacionado: Falta de oração é egoísmo. Eu passei um tempo orando conforme as diretrizes bastante úteis de Mike McKinley e me peguei orando para que eu crescesse em amor por aqueles que ouvissem o sermão, que eu tivesse sabedoria para aplicar o texto na vida deles, que eu enxergasse como a passagem confronta a incredulidade daqueles que a ouviriam, e assim por diante. E o que me chamou atenção é que não orar, e não orar fervorosamente, durante meu processo de preparação do sermão seria o cúmulo do egoísmo. Eu estaria confiando que poderia lidar com o esboço do sermão e com as aplicações exatas apenas com minhas capacidades. Eu estaria efetivamente negando ao Senhor a oportunidade de realizar sua obra através desse sermão. “Vá fazer outra coisa; eu cuidado disso!”.
O próprio texto me deu uma ilustração. Eu estava pregando o primeiro capítulo de Jonas e, ali, encontramos Jonas a bordo de um navio em meio a uma tempestade tão poderosa que ameaça destruir o barco e todos nele. Há somente um homem naquele navio que teme a Deus, apenas um homem que tem a capacidade de clamar ao Deus que realmente existe e que realmente tem o poder de acalmar a tempestade. E ele é o único homem que se recusa a clamar a seu Deus, o único que desce e dorme profundamente. Mesmo quando o capitão o acorda e o recrimina por não orar, não temos qualquer indicação de que ele ore. Sua falta de oração é egoísmo e ameaça a tripulação daquela pequena embarcação.
Se eu creio que a oração funciona, se eu creio que a oração é um meio pelo qual o Senhor age, se eu creio que Deus escolhe trabalhar por meio da oração de maneiras poderosas e de maneiras que ele não trabalharia sem a oração, então é egoísmo da minha parte não orar. Orar é amar; não orar é complacência, é desamor, é ser egoísta.
Falta de oração é egoísmo para o pastor que não ora durante o processo de preparar um sermão. Ele expressa amor por sua igreja quando ora e clama pela sabedoria e iluminação de Deus.
Falta de oração é egoísmo para o pai que não ora por seus filhos, pela segurança, santificação, salvação, obediência e cada necessidade deles.
Falta de oração é egoísmo para o membro de igreja que não ora para que a graça do Senhor seja estendida a seus amigos, àqueles que estão batalhando contra um pecado específico e vendo vitórias encorajadoras e fracassos de partir o coração.
Falta de oração é egoísmo para o cristão que não orar por seus próximos, que o Senhor os salve e que o Senhor até o utilize como aquele que compartilhará com eles as boas novas do Evangelho.
Falta de oração é egoísmo para cada um de nós quando negligenciamos orar por nossos irmãos e irmãs ao redor do mundo que estão enfrentando perseguição. Negligenciar a oração por eles é dizer ao Senhor que ele pode muito bem permitir que continuem sofrendo.
E se falta de oração é egoísmo, então, uma das melhores maneiras que posso amar minha igreja, família, amigos, o próximo e irmãos distantes é ajoelhar-me e interceder em favor deles.
Traduzido por Josaías Jr | iPródigo.com | Original aqui
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Fonte: [iPródigo]

Apesar da perseguição, cristão etíope persevera em sua fé


David é considerado um homem idoso. Ele veio para a fé em Cristo já avançado em idade. Na foto, sua camiseta manchada de sangue revela o grau de violência que sofreu. Apesar das circunstâncias difíceis que enfrenta como ex-muçulmano, ele continua a aproveitar todas as oportunidades possíveis para ser uma testemunha do amor e da fidelidade de Deus
cristão etíope.jpg

Certa manhã de uma sexta de fevereiro passado, muçulmanos extremistas atacaram David U e outros cristãos que ele discípula, na Etiópia. Pelo menos duas casas foram queimadas e David sofreu um ferimento na cabeça, causado por um facão.
Um colaborador da Portas Abertas falou ao telefone com a família de David enquanto eles o levavam para ser tratado em uma cidade vizinha, maior. Também conversou com David que, por conta do ocorrido, mal conseguia se expressar. Sob tais circunstâncias, a Portas Abertas logo fez planos de visitar o cristão no hospital.
Ao chegar, o representante da Portas Abertas percebeu que David estava melhorando e, por isso, agradeceu ao Senhor. Uma pequena cirurgia foi realizada em sua cabeça, e os exames não revelaram fraturas. Agora, ele precisa se recuperar das dores dos ferimentos e do trauma emocional que tanto o aflige.
"Eles apontaram armas para mim. Fui cercado e apanhei com paus, fui ferido com um facão. Pensei que morreria," compartilhou ele.
Situações como essa não são raras no país. Há anos, o grupo de cristãos que mora no mesmo vilarejo que David vem enfrentando forte hostilidade de seus vizinhos. Porém, mesmo assim, eles têm mostrado persistência em compartilhar o amor de Cristo com quem estiver disposto a ouvi-los. Além disso, fazem o bem para a comunidade, oferecendo uma escola aos moradores – muito necessária já que a aldeia é isolada.
Através do suporte de parceiros ao redor do mundo, a Portas Abertas tem sido capaz de se envolver com esta comunidade cristã já há muitos anos. O apoio de irmãos de diversos países tem sido refletido não só no suporte a David e às necessidades físicas e espirituais de sua família, como também no estabelecimento de um projeto de desenvolvimento comunitário a longo prazo.
A participação ativa de cristãos que oram, contribuem e divulgam a causa por meio da Portas Abertas mostra à Igreja Perseguida que, de maneira alguma, ela não está só. Há um Corpo de Cristo que permanece como base de apoio, mobilizando esforços para trazer esperança aos irmãos perseguidos.
"O Senhor me deu outra chance de servi-lo. Na noite escura, ouvi os disparos perto de mim, mas eles não me atingiram. Eram mais de 30 agressores. Somente pelas orações e a ajuda de outros cristãos, chegamos até aqui. Só posso entender que Deus quer que eu continue o trabalho. Ainda há muito que fazer", concluiu David.

A Etiópia está no 15º lugar da Classificação de países por perseguição.
FontePortas Abertas USA
TraduçãoCarla Priscilla

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