Aquele, entretanto, que guarda a sua
palavra, nele verdadeiramente tem sido aperfeiçoado o amor de deus" (i jo.
2:4-5).
A prática cristã aperfeiçoa fé e
amor. São como uma semente. A semente não chega à perfeição por ser plantada na
terra. Nem por desenvolver raízes e brotos, ou por sair do chão, nem por
desenvolver folhas e botões. Entretanto, quando produz frutos bons e maduros,
chegou à perfeição - completou sua natureza. O mesmo ocorre com fé e amor e
todos os outros dons. Chegam à perfeição em frutos bons e maduros da prática
cristã. A prática, então, deve ser a melhor evidência de que esses dons existem.
As escrituras dão mais ênfase à
pratica do que a qualquer outra evidência de salvação. Espero que isso esteja
claro agora. Temos que nos manter nessa ênfase. É perigoso dar importância a
coisas que a bíblia não endossa. Teremos perdido nosso equilíbrio bíblico se
dermos maior importância aos sentimentos e experiências que não se expressem em
obediência prática. Deus sabe o que é melhor para nós, e tem salientado certas
coisas porque precisam ser salientadas. Se ignorarmos a ênfase clara, de deus,
na prática cristã, e insistirmos em outras coisas como testes de sinceridade,
estamos no caminho da ilusão e hipocrisia.
As escrituras falam muito claramente
sobre a prática cristã como o verdadeiro teste de sinceridade. Não é como se
isso fosse alguma doutrina obscura, somente mencionada algumas vezes em
passagens difíceis. Suponhamos que deus desse uma revelação nova hoje, e
declarasse: "conhecereis meus discípulos por isso, sabereis que são da
verdade por isso, sabereis que são meus por isso" - e então desse uma
marca ou sinal especial. Não veríamos nisso um teste claro e enfático de
sinceridade e salvação? Bem, isto é o que tem ocorrido! Deus tem falado dos
céus - na bíblia! Ele nos disse muitas e muitas vezes que a prática cristã é a
prova mais alta e melhor da fé verdadeira. Vejam como cristo repete isso no
texto do capítulo 14 do evangelho de joão: "se me amais, guardareis os
meus mandamentos" (v. 15). "aquele que tem os meus mandamentos e os
guarda, esse é o que me ama" (v. 21). "se alguém me ama, guardará a
minha palavra" (v. 23). "quem não me ama, não guarda as minhas
palavras" (v. 24). E no capítulo 15: "nisto é glorificado meu pai, em
que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos" (v. 8).
"vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando" (v. 14). E
encontramos a mesma coisa em i joão: "ora, sabemos que o temos conhecido
por isto: se guardamos os seus mandamentos" (2:3). "aquele,
entretanto, que guarda a sua palavra, nele verdadeiramente tem sido
aperfeiçoado o amor de deus. Nisto sabemos que estamos nele" (2:5).
"não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade. E nisto
conheceremos que somos da verdade" (3:18-9). Acaso não está claro?
Deus nos julgará por nossa prática no
dia do juízo. Ele não pedirá que demos nosso testemunho pessoal. Não examinará
nossas experiências religiosas. A evidência pela qual o juiz nos aceitará ou
rejeitará será a nossa prática. Essa evidência, é claro, não será para o
benefício de deus. Ele conhece nossos corações. Mesmo assim, ele exporá a
evidência de nossa prática por causa da natureza aberta e pública do julgamento
final. "porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de
cristo para que cada um receba segundo o bem ou mal que tiver feito por meio do
corpo" (ii cor. 5:10). Se a nossa prática é a evidência decisiva que deus
usará no dia do juízo, é o teste que deveríamos aplicar a nós mesmos aqui e
agora.
Fonte: [Josemar Bessa]
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